11.8.06

pergunta-chave

"Não compro a tese segundo a qual governantes e representantes seriam o retrato de seus eleitores (portanto, teríamos o governo e o congresso que correspondem ao nosso feitio). Ou seja, não acho que a farsa em questão seja a versão pública da debilidade moral dos cidadãos em sua vida privada. Não acredito que "os brasileiros" (por alguma herança infeliz) sejam adequadamente representados por trapaceiros que vendem e compram ambulâncias. Prefiro me perguntar: de onde vem a necessidade (ou vontade) de instituir um poder propriamente grotesco?"
Contardo Calligaris. Trecho de " A face grotesca do poder".Folha de SP 10/8/2006. p16 (Caderno Ilustrada)

O que você quer dizer? O que você quer fazer?

"O Arma expressa exatamente isso - que é preciso que nós nos manifestemos, que não podemos ficar indiferentes, cansados, perplexos, sem rumo, descrentes – embora a tentação por aí não seja pequena... O Zen pontua o sentido dessa manifestação, a direção da escolha, que é uma escolha pela CULTURA DA PAZ – e portanto pela Justiça, seu fundamento legitimo. Se a estética instiga a sensibilidade e experimentar o belo, como quis Kant, é a realização das capacidades mais elevadas do ser humano, a ética, fundada na razão, aponta rumos para a sociedade que urge reconstruir. E quem sabe poder dizer que - apesar de tudo – a vida floresce. E florescerá tanto mais bela quanto mais regarmos as sementes como as aqui plantadas."
Trecho de um texto autoral disponível no Astrolábio Ateliê sobre o "Arma-zen".