4.7.10


"Haroldo traz à luz a poesia barroca que corre feito rio caudaloso pelos escritos de Lacan: a psicanálise convertida em proesia - a poesia da prosa, lida no trinômio Freud -Joyce-Lacan. Na escrita de Marllamé, Lacan é um exímio manipulador da sintaxe francesa, elevando 'até a extrema potência de linguagem aquilo que, em Freud, era sobretudo um dispositivo de leitura analítica'. Por isso mesmo, Haroldo chamou 'a intervenção do estilo Lacan, na formação do analista e no envolver do discurso analítico a partir do lado microtonal de Freud, um afreudisíaco introjetado na galáxia de lalíngua'.




"O segundo Arco-Íris Branco" - Haroldo de Campos. Iluminuras. São Paulo.2010.

(Texto de Lucia Santaella (PUC/SP) resenhando livro póstumo de Haroldo de Campos. Estadão. 3/7/2010- pág. S7)