5.8.08

Expressionismo

Anátema. Luiz Palma, 1994.
Quatro banhistas. Kirchner, 1910.
A antinomia impressionismo versus expressionismo, em que no primeiro "ismo" os artistas se dedicam aos registros de aparências externas e no segundo aos imperativos do seu próprio mundo interior, é um elo francês da história da arte, do início do sec XX, referida ao círculo de Matisse. Mas houve muito desacordo entre críticos e historiadores sobre esta simplificação. O próprio Matisse, em "Anotações de um pintor", afirmava que a "expressão" não constituía um espelhamento da paixão "sobre um rosto humano ou traída por um gesto violento", desvinculado de considerações formais: "em meus quadros, todo o conjunto é expressivo (...). A composição é a arte de dispor, de maneira estetizada, os vários elementos disponíveis ao pintor para a expressão de seus sentimentos". O termo fortaleceu-se como um movimento pelas experiências germânicas, sobretudo com o grupo "Brücke" (Ponte) fundado em 1905 por Fritz Bleyel, Erich Heckel, Ernst Ludwig Kirchner e Karl Schmidt-Rottluff. Os objetivos do grupo foram assim apresentados: "Acreditando na evolução contínua, em uma nova geração de criadores e apreciadores, convocamos toda a juventude. E como a juventude traz o futuro, desejamos obter liberdade de movimento e de vida, em oposição aos velhos e bem estabelecidos poderes. Quem quer que extravase direta e autenticamente aquilo que o faz criar é um dos nossos".
Fonte: Expressionismo. Beher, Shulamith. São Paulo: Cosac & Naify. 2001.