14.9.10

Grito para fazer silêncio

Wesley Duke Lee: São Paulo,
1931- 2010
Artista de atitudes e enfrentamentos, sobretudo da crítica, autoritária e babaca da paulicéia careta. Se foi nesse prenúncio de primavera de cores vibrantes e ar seco. Cursou «desenho livre» do Museu de Arte de São Paulo em 1951; estudou na «Parson's School of Design» NYC até 1955. Em 1957 tornou-se aluno do pintor Karl Plattner, com quem estuda e trabalha em São Paulo, na Itália e na Áustria até 1960. Neste período, vive também em Paris, freqüenta a «Académie de la Grande Chaumière» e o atelier do gravador e pintor abstrato Johnny Gotthard Friedlaender. Retorna ao Brasil em 1960, e é um dos primeiros artistas a explorar as técnicas da têmpera medieval ao computador gráfico, passando pela pintura a óleo, acrílica, ambiente e instalação, onde o desenho e a cor sempre foram os termos fixos de todo o seu trabalho.
“nós, os perecíveis, tocamos metais
vento, margens do oceano, pedras,
sabendo que continuarão,
imóveis ou ardentes,
e eu fui descobrindo,
nomeando todas coisas
foi meu destino
amar e despedir-me.”

Canto XV - Pablo Neruda