26.5.06

Neve noir

Ih minhas telas embranquecem com a chegada dos negros! Ou é o pincel de neve? O rolo escuro do mundo ou quê? Viajo-luz e adentro buracos negros e picos de neve Crio silhuetas em ruelas de filme noir

1986

Eles dizem que o fato de possuir visões não significa mais valia na organização dos sonhos. Indivisível, porque condição demasiada humana, o túnel do onírico não tem senhores. Este caminho é propriedade do inconsciente. Diz-se que os vegetais são os maiores condutores de sonhos. O Cosmo é inspiração coletiva. Todos já sonharam. O vegetal é viagem conhecida de contos de gente próxima. Ela me disse que foi a algum lugar de sua existência em outro tempo avesso a esse. Eu digo que somos no coletivo e o singular está florescendo. Na política, Sarney um arroto de porco imbecil, sai da lama para a hospedaria do Tancredo e desqualifica ainda mais o réles acordo que matou as diretas- já. Povo pobre povo acordai! Posso acordar se a Marcinha que acaba de chegar sob a aclamação de um bando de babacas me chupasse – hum!!! Ela me olha e diz que sim. É só eu me organizar. Me organizar? ─ Meu Deus?! Pergunta minha vara de pescar, meu coração, o poeta e o Levi - mas não sei por que tanta gente a perguntar... (em segundos) disse qualquer coisa sobre sua obsessão por boquete e desmaiei. (em 1986 certo dia em um café na Ministro Godoy – fundos da PUC/SP)