23.8.10

Não existe lugar para a representação da dor extrema, para além de sua contenção estóica. Para Schiller "a arte deve deleitar o espírito e agradar a liberdade. Aquele cuja dor lhe toma por inteiro é apenas um animal maltratado e nenhuma pessoa mais; pois exige-se sem mais uma resistência moral do ser humano contra a dor, apenas assim pode-se fazer reconhecer o princípio da liberdade nele, a inteligência."
Johann Christoph Friedrich von Schiller, poeta, dramaturgo e filósofo alemão (1750-1805).

O Moderno e o Contemporâneo

O termo arte moderna engloba as vanguardas européias do início do século XX - cubismo, construtivismo, surrealismo, dadaísmo, suprematismo, futurismo etc. - do mesmo modo que acompanha o deslocamento do eixo da produção artística de Paris para Nova York, após a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), com o expressionismo abstrato de Arshile Gorky (1904 - 1948) e Jackson Pollock (1912 - 1956). As produções artísticas das décadas de 1960 e 1970, segundo grande parcela da crítica, obrigam a fixação de novos parâmetros analíticos, distantes do vocabulário e pauta modernistas, o que talvez indique um limite entre o moderno e o contemporâneo.
O moderno não se define pelo tempo presente - nem toda a arte do período moderno é moderna - mas por uma nova atitude e consciência da modernidade (Baudelaire, em 1863).