28.5.13

sujeito lacaniano


eu é uma imagem (significante imaginário) à qual me identifico e na qual me reconheço, mas que nada revela sobre o que sou, na medida em que, entre o que eu penso e o que eu sou, há uma hiância fundamental que permite que eu possa ser, a todo instante outro.

Na interseção entre o sujeito e o Outro há uma falta, uma lacuna. Essa falta no Outro, Lacan denomina-a desejo. O desejo aparece na falta devido a uma impossibilidade: a impossibilidade de dizer o que se quer. A presença do desejo em si é a presença de algo que falta na fala: o inapreensível, o invisível, o impossível de se escrever. 



Maria Holthausen. Grupo de Estudo de Arte, Filosofia e Psicanálise/Núcleo de Investigações Metafísicas - NIM. Departamento de Filosofia da UFSC.