7.12.11

Testemunho

Inerte ele jaz com a fenda na cabeça ainda aberta
No corpo têm as voltas sem-fim enferrujadas
Caído ali no chão do banheiro
No canto esquerdo atrás da porta
Só eu o percebo assim atemporal
E indiferente aos acontecimentos
Um sublime parafuso
Peça maquínica ou humana
Pouco importa
Ali habita

Luiz Palma