7.12.11

Testemunho

Inerte ele jaz com a fenda na cabeça ainda aberta
No corpo têm as voltas sem-fim enferrujadas
Caído ali no chão do banheiro
No canto esquerdo atrás da porta
Só eu o percebo assim atemporal
E indiferente aos acontecimentos
Um sublime parafuso
Peça maquínica ou humana
Pouco importa
Ali habita

Luiz Palma

1 Comentários:

Anonymous Zev disse...

Sensacional Pai, muito bom mesmo, e como licença poética inverto a ordem das frases, num giro de leitor! abraços Zev , aviste como fica:


Ali habita
Pouco importa
Peça maquínica ou humana
Um sublime parafuso
E indiferente aos acontecimentos
Só eu o percebo assim atemporal
No canto esquerdo atrás da porta
Caído ali no chão do banheiro
No corpo têm as voltas sem-fim enferrujadas
Inerte ele jaz com a fenda na cabeça ainda aberta
Por isso gira, num giro de leitor

7/12/11  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial