26.7.11

marcuseria

A civilização exige sublimação contínua que por conseguinte, debilita Eros, o construtor de cultura. E a dessexualização, ao enfraquecer Eros, liberta os impulsos destrutivos. Assim, a civilização é ameaçada por uma difusão instintiva, em que a pulsão de morte luta por ganhar ascendencia sobre as pulsões de vida. Mas as inibições impostas também afetam os derivativos da pulsão de morte: os impulsos de agressividade e destruição. A este respeito pelo menos, a inibição cultural contribuiria para a força de Eros.

Hebert Marcuse. EROS E CIVILIZAÇÃO, 1955.