11.8.06
"Não compro a tese segundo a qual governantes e representantes seriam o retrato de seus eleitores (portanto, teríamos o governo e o congresso que correspondem ao nosso feitio). Ou seja, não acho que a farsa em questão seja a versão pública da debilidade moral dos cidadãos em sua vida privada. Não acredito que "os brasileiros" (por alguma herança infeliz) sejam adequadamente representados por trapaceiros que vendem e compram ambulâncias. Prefiro me perguntar: de onde vem a necessidade (ou vontade) de instituir um poder propriamente grotesco?"
Contardo Calligaris. Trecho de " A face grotesca do poder".Folha de SP 10/8/2006. p16 (Caderno Ilustrada)
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