grito
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu sono aquela guerra.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade: O enterrado vivo
Imagem: O Grito. Munch
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